terça-feira, 22 de novembro de 2011

Opinião: Universidade tem de ser espaço para pensar e aprender

Opinião: Universidade tem de ser espaço para pensar e aprender
A USP está no território brasileiro onde é ilícito o uso e porte da maconha.
Muitos do manifestantes que protestam contra PM não sabem os motivos.

Fonte: G1

Poder dizer o que se pensa é uma das coisas importantes de uma democracia. O indivíduo é livre para ser a favor ou contra algo. Tomar uma posição. Manifestar-se de várias maneiras. E provocar mudanças. Porém, as coisas não são simples. A manifestação de alguns se baseia na exigência de que as coisas sejam ao seu modo. O que é diferente não é aceito. Em verdade, impõem seu jeito pouco se importando com os outros.

Ora, e quem são os outros? Aqueles que não têm a capacidade de compreender o que é o certo? E o certo, é claro, é só o que pensam. Sendo que só eles pensam assim.
Radicais? Sim. Não se dá passo algum com atitudes desse tipo. Elas são cegas e só tendem a fazer as coisas retrocederem. Não dever haver espaço para o radicalismo em nenhum lugar, ainda mais dentro de uma universidade.

Lá é um lugar para se pensar e provocar mudanças. Onde a visão do indivíduo se expanda sobre si e o outro. Onde os questionamentos favoreçam a construção de um mundo melhor. Nem que seja só um pedacinho dele. Infelizmente, não é isso o que se vê numa das principais universidades do país – a Universidade de São Paulo (USP), em seu campus da capital.
Semana passada, ocorreu um protesto em que alguns alunos se manifestaram agressivamente contra a presença da PM e, no embalo, contra o reitor. Agrediram policiais, destruíram viaturas e tomaram o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Algo que foi deflagrado, segundo consta, pela prisão de alguns estudantes da FFLCH por porte ilegal de droga – estavam fumando maconha no estacionamento da unidade. Provavelmente, sentiram-se ofendidos e viram esse ato como repressão. Evocaram, em suas memórias, o tempo de linha dura dentro da universidade. Que já passou.
No território brasileiro é ilícito o uso e porte de maconha. A USP é um lugar dentro do país e não uma entidade a parte – terra de ninguém. A PM teve conduta adequada. O argumento é de que a PM não é necessária lá. Embora haja muitos crimes dentro do campus – roubos, estupros e mortes – consideram que basta melhorar a iluminação ou dialogar com as comunidades do entorno.

Isso é importante, sem dúvida. Para quem já frequentou ou frequenta a USP à noite, sabe quão escura ela é, desencorajando que se ande por lá. Mas não se pode ser ingênuo a ponto de achar que essas medidas resolverão problemas de segurança. É uma visão utópica.
Polícia e USP firmaram convênio após a morte de um estudante durante um roubo. Segundo consta, a presença dela resultou em uma queda de 60% dos roubos e furtos. Por incrível que pareça, a decisão pelo convênio foi algo que envolveu seu Conselho Gestor, professores e alunos de várias unidades. O único contra foi o representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Esse é o lado não tão bom da democracia – aceitar o que a maioria decide. É o preço que se paga. O que se sabe, através das manifestações pela internet, é que a maioria dos estudantes é a favor da PM. Inclusive, fizeram uma manifestação esta semana a favor dela. Muitos dos que estão se manifestando contra, devem estar lá apenas pelo calor das emoções. Provavelmente, não têm bem claro o porquê disso tudo.

É tempo de acordar e não imaginar a vida fora de qualquer parâmetro possível. E nem que se pode fazer qualquer coisa só por estar dentro de uma universidade.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

Dúvidas e dicas de português

Acesse o link abaixo e tire suas dúvidas sobre o nosso Português.
Muito interessante.

Um abraço!
Erick

Dúvidas e dicas de português

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Edução Financeira - Episódio 08 [parte 1]



Educação Financeira - Episódio 08 [parte 2]



Colaborador, Funcionário ou Mercenário?

Embora sejam usadas como sinônimas essas palavras têm significados diferentes no ambiente de trabalho

Eu sempre ouvi e usei as palavras "colaborador" e "funcionário" como sinônimos quando a gente deseja se referir a um profissional ou aos profissionais de uma organização. A gente costuma dizer "Esse é Fulano, colaborador de minha organização", "Este é Sicrano é funcionário de minha organização" ou ainda quando se dirige aos profissionais durante uma palestra ou se escreve um memorando começando por "Prezados Colaboradores". Já "mercenário" é mais usado quando se quer falar de um determinado jogador, em um ambiente esportivo; "tal jogador é um tremendo de um mercenário, vive trocando de clube por melhores condições salariais". Essas três palavras podem ter um sentido comum no dia a dia dentro de uma organização. Veja.

Referir-se a algum profissional como Colaborador certamente não é difícil de entender que ele é aquele que está sempre à disposição de sua organização para ajudá-la a desenvolver suas atividades visando atingir seus objetivos. É o profissional que não só procura cumprir as suas funções regulares mas que extrapola essas funções, colocando todo o seu talento à disposição de sua organização, a toda hora, em qualquer circunstância e condição. É aquele que você sabe que se der a ele uma determinada tarefa, você pode esperar que ele trará novas idéias e certamente bons resultados. Ele fará tudo para exceder. Para ele, será uma ofensa e ele se sentirá muito mal se concluir a tarefa sem acrescentar algo inovador, uma informação relevante para a organização. Ele dedicará tempo e esforço, muitas vezes deixando seu lazer e idéias próprias para desenvolver bem a sua tarefa.

Já quando a gente se refere a um profissional como "Funcionário" a gente pode estar deixando de se referir a ele como alguém dedicado. Essa palavra parece estar mais relacionada ao profissional que simplesmente cumpre as funções que lhe são determinadas. Comparece ao trabalho, e essa parece ser a expressão mais correta, no horário, permanece nas dependências da organização durante o expediente determinado, sempre com o pensamento em atividades diferentes à aquelas que deveriam ser motivos de sua preocupação, faz alguma coisa que lhe é "mandada" fazer, e normalmente tem que refazer algumas tarefas por falta de atenção, e "larga a caneta" ou o instrumento de trabalho rigorosamente no horário determinado, e nem um segundo a mais.

Agora, quando a gente se refere a um determinado profissional como "Mercenário", certamente não se trata de uma boa qualificação. Esse profissional certamente é aquele que só produz se houver uma recompensa. Seria uma espécia de "Muttley" dos desenhos da tevê, lembra? O cachorro que só queria medalha. Esse só comparece ao trabalho quando vê a oportunidade de ter um ganho extra, seja uma remuneração, seja para marcar presença perante seus superiores. Esses profissionais dão uma impressão de que estão na organização apenas para participarem de grandes eventos e só se dedicam à organização para terem ganhos pessoais. Para esses parece não haver compromissos, colegas, regras, vale mais o interesse pessoal.

Idealista como sou, penso que um profissional deva se esforçar mais para ser reconhecido pela sua organização Colaborador porque é exatamente essa qualidade de se dedicar aos interesses profissionais que as organizações estão buscando e é essa qualidade que pode alavancar sua ascensão dentro da organização e também a sua carreira profissional. Ainda que a falta ou a baixa qualificação técnica possa ser um aspecto fundamental no mercado de trabalho, as organizações dão muita importância para os profissionais que demonstram disponibilidade e disposição de ajudá-la a atingir bem os seus objetivos.

*Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e o portal Dicas Profissionais. (www.dicasprofissionais.com.br).

Texto Atitude: O medo de errar


medo de errar

A gente é a soma das nossas decisões.

É uma frase da qual sempre gostei, mas lembrei dela outro dia num local inusitado: dentro do súper. Comprar maionese, band-aid e iogurte, por exemplo, hoje requer expertise. Tem maionese tradicional, light, premium, com leite, com ômega 3, com limão, com ovos “free range”. Band-aid, há de todos os formatos e tamanhos, nas versões transparente, extratransparente, colorido, temático, flexível. Absorvente com aba e sem aba, com perfume e sem perfume, cobertura seca ou suave. Creme dental contra o amarelamento, contra o tártaro, contra o mau hálito, contra a cárie, contra as bactérias. É o melhor dos mundos: aumentou a diversificação. E com ela, o medo de errar.

Assim como antes era mais fácil fazer compras, também era mais fácil viver. Para ser feliz, bastava estudar (magistério para as moças), fazer uma faculdade (Medicina, Engenharia ou Direito para os rapazes), casar (com o sexo oposto), ter filhos (no mínimo dois) e manter a família estruturada até o fim do dias. Era a maionese tradicional.

Hoje, existem várias “marcas” de felicidade. Casar, não casar, juntar, ficar, separar. Homem com mulher, homem com homem, mulher com mulher. Ter filhos biológicos, adotar, inseminação artificial, barriga de aluguel – ou simplesmente não tê-los. Fazer intercâmbio, abrir o próprio negócio, tentar um concurso público, entrar para a faculdade. Mas estudar o quê? Só de cursos técnicos, profissionalizantes e universitários, há centenas. Computação Gráfica ou Informática Biomédica? Editoração ou Ciências Moleculares? Moda, Geofísica ou Engenharia de Petróleo?

A vida padronizada podia ser menos estimulante, mas oferecia mais segurança, era fácil “acertar” e se sentir um adulto. Já a expansão de ofertas tornou tudo mais empolgante, só que incentivou a infantilização: sem saber ao certo o que é melhor para si, surgiu o medo de crescer.

Todos parecem ter 10 anos menos. Quem tem 17, age como se tivesse 7. Quem tem 28, parece ter 18. Quem tem 39, vive como se fossem 29. Quem tem 40, 50, 60, mesma coisa. Por um lado, é ótimo ter um espírito jovial e a aparência idem, mas até quando se pode adiar a maturidade?

Só nos tornamos verdadeiramente adultos quando perdemos o medo de errar. Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e, depois, conviver pacificamente com a dúvida. Adolescentes prorrogam suas escolhas porque querem ter certeza absoluta – errar lhes parece a morte. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada, e sabem também que só a morte física é definitiva. Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida. Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência, perdemos o medo – e finalmente crescemos.

(texto de Martha Medeiros, publicado no jornal Zero Hora/RS – 25/setembro/2011)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quem quer ser Professor?


A DIFÍCIL EQUAÇÃO PARA ACHAR UM PROFESSOR

Pesquisa mostra que apenas 2% dos estudantes querem cursar licenciatura ou Pedagogia; qualificação dos docentes também preocupa

Fonte: Todos pela Educação.

SÃO PAULO. A falta de professores qualificados ainda preocupa no Brasil, e a desvalorização da carreira faz com que muitos jovens prefiram outras profissões.

Cerca de 600 mil professores que atuam na Educação básica - que inclui a Educação infantil e os ensinos fundamental e médio - não têm o preparo necessário à função, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). E apenas 2% dos jovens querem cursar Pedagogia ou alguma licenciatura, segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas.

Pela legislação atual, os professores da Educação básica têm que ter nível superior. Porém, cerca de 600 mil dos quase dois milhões de docentes do país não possuem curso universitário, segundo o MEC. De acordo com o secretário de Ensino Superior do ministério, Luiz Cláudio Costa, cerca de 300 mil estão fazendo licenciaturas ou mestrado para se adequar à exigência.

Na avaliação de especialistas, há carência de professores qualificados em diversas áreas, como nos primeiros anos da Educação infantil e nas disciplinas de Física e Química.

- Nas Ciências Biológicas, faltam professores praticamente em todos os setores. As redes procuram cobrir isso usando profissionais que, na sua formação, tangenciam as disciplinas (em que há falta de professores) - diz a pesquisadora Bernadete Gatti, colaboradora da Fundação Carlos Chagas.

Como outros especialistas, Bernadete se preocupa com a queda no número de alunos de licenciatura ou Pedagogia. Segundo o MEC, esse número vem diminuindo na modalidade presencial, por causa da falta de interesse dos jovens.

Em 2005, 1,2 milhão de alunos estudava alguma licenciatura, número que, em 2009, passou para 978 mil. No mesmo período, o número de alunos de Pedagogia caiu de 288 mil para 247 mil.

No entanto, houve expansão das graduações à distância, para atender à necessidade de professores que já estão no mercado de trabalho. De 2005 para 2009, o número de estudantes das licenciaturas subiu de 101 mil para 427 mil. Nos cursos de Pedagogia, o número pulou de 27 mil para 265 mil, no mesmo período.

- Nem todos os cursos à distância são ruins. Mas eles não são supervisionados direito, não têm uma proposta clara. Muitos alunos desistem porque não têm com quem discutir - diz a superintendente de pesquisa em Educação da Fundação Carlos Chagas, Elba Siqueira Barretto.

O MEC rebate e diz que tem fechado cursos de má qualidade. A evasão dos cursos de Pedagogia e licenciatura também preocupa educadores.

- Nas universidades privadas, os cursos de licenciatura e a Pedagogia são os que têm as taxas mais elevadas de evasão, de 50 a 55% - afirma Maria Helena Guimarães Castro, ex-presidente do Inep, órgão responsável pelas estatísticas do MEC.
Mas, segundo o MEC, dados preliminares já mostram que a taxa de evasão está diminuindo em algumas universidades.

"Quero lutar pela Educação", diz estudante 
Pesquisa realizada em 2010 pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita mostrou que, dos 1.500 alunos ouvidos, apenas 2% dos jovens do terceiro ano do ensino médio pretendiam cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura.

- A carreira é um horror. Apesar de os planos de carreira terem melhorado, e de existir um piso salarial nacional (R$1.187 para jornada de 40 horas semanais), eles deixam a desejar. A média salarial está baixa em relação às exigências. Outra coisa que afeta a escolha é a condição das escolas públicas, que são precárias, sem infraestrutura e gestão - diz Bernadete.

Mesmo sabendo desses problemas, o estudante de Pedagogia Cesar Scarpelli, de 24 anos, quer dar aulas para crianças:
- Quero lutar pela Educação. Meus pais sempre falam: "não vá trabalhar na rede pública", por causa da ideia de que é uma profissão sofrível. Mas acho que temos que ir para a periferia.

Rivaldo Vieira Xavier Júnior, de 21 anos, estuda licenciatura em Física e sabe bem o que é sofrer com a falta de professores:

- Estudei em escola pública e fiquei sem aulas de Química por quase todo o segundo ano do ensino médio. Tenho interesse em Educação devido à realidade da escola onde estudei. Ser professor no Brasil é ato de coragem.

Já a estudante de Pedagogia Maria Alice Bertodini diz que é preciso ser sonhador para abraçar a profissão:
- A ideia de ser professor é idealista, é por amor, por gostar de crianças.

Para o estudante de Química Mauritz Gregori de Vries, de 20 anos, que dá aulas particulares, falta vocação a muitos dos que estão fazendo licenciatura.

- Às vezes, as pessoas fazem a licenciatura porque sabem que a demanda por professores é alta e que um emprego na indústria, por exemplo, é mais difícil.

O secretário de Ensino Superior do MEC reconhece que os salários não são adequados. Mas diz que a meta do governo é que, em 2020, o rendimento médio dos docentes com a qualificação necessária seja o mesmo que o de qualquer profissional com nível superior.

No Chile, estudantes são convencidos a dar aula 
Convencer os melhores estudantes que concluem o ensino médio a fazer Pedagogia é uma meta no Chile e, para alcançá-la, uma campanha ampla, com direito a comercial na televisão, foi lançada naquele país.

Preocupados com o fato de que a carreira de professor tem sido escolhida por muitos jovens com baixa qualificação e sem vocação, a instituição Elige Educar, uma iniciativa público-privada, resolveu fazer um trabalho de comunicação de massa para atrair bons alunos para a docência.

Para chamar a atenção, em 2009, começaram a divulgar na TV uma campanha convocando os jovens a serem professores para melhorar a Educação no país, afirmando que a carreira é a mais importante de todas e tem o potencial de mudar as vidas de milhares de crianças. A campanha mostrava ainda depoimentos de professores felizes com a profissão.

Para atrair os jovens, além do apelo emocional da campanha, universidades do Chile começaram a oferecer este ano bolsas de estudos integrais para os estudantes do ensino médio que estão entre os 20% melhores na prova de ingresso e optarem pela faculdade de Pedagogia, que custa US$4 mil por ano. Depois, eles têm que trabalhar por cinco anos em escolas públicas.

Dentre os alunos beneficiados pelas bolsas, os melhores podem receber uma bolsa-auxílio de cerca de US$200 ao mês e ser beneficiados com um programa de intercâmbio no exterior.

- Os sistemas educacionais que tiveram êxito demonstraram que uma seleção de pessoas com competência, capacidade e conhecimento é a melhor forma de ter bons professores. E ter bons professores é a melhor forma de ter um sistema educacional bem-sucedido - explica Hérnan Hochschild, coordenador executivo do programa Elige Educar.

Segundo ele, a campanha já conseguiu aumentar a quantidade de jovens com bons resultados no exame de ingresso para os cursos de Pedagogia. A meta do projeto é que em 2014, um de cada cinco matriculados em Pedagogia provenha dos 20% melhores estudantes.

O programa também oferece bolsas de estudo para professores que já estão no mercado de trabalho, para que eles se qualifiquem e também para que se "reencantem" com a profissão e estimulem os jovens a segui-la.

No Chile, o piso salarial do professor é de cerca de US$1 mil por mês. Segundo Hochschild, o piso, apesar de não ser ruim, não é competitivo em relação a outras carreiras. De acordo com ele, os salários eram mais baixos no passado, mas têm melhorado.

A ESCOLA COM QUE EU SONHO 
Tamara Metzger Dayan - Estudante de Pedagogia - "Professores têm que ter paciência"

Seria excelente se as escolas que já existem funcionassem direito. Seria ótimo se não faltassem professores para dar aulas, e se os alunos tivessem vontade de estudar e aprender. Isso já seria o suficiente para melhorar muito a Educação.

Pensando numa escola utópica, a escola dos meus sonhos teria salas grandes com mesas para as pessoas estudarem de acordo com a faixa etária e com suas necessidades e interesses. Haveria livros e material de pesquisa.

Recursos tecnológicos são importantes, computadores são fundamentais para que os alunos pesquisem. A escola dos meus sonhos teria também brinquedos para as crianças menores e um bom espaço ao ar livre.

Pensando na relação professor-aluno, os professores teriam que ser pessoas mais pacientes. Teriam que ouvir os alunos e respeitá-los. Os alunos teriam que estudar coisas de seus interesses, já que isso faria com que eles participassem mais.
Quando lembro da escola em que estudei, penso que sempre adorei a minha escola.

Eu sempre gostei de estudar. Hoje, na maioria das escolas, os alunos não têm interesse em estudar, já que ou o conteúdo não é interessante para eles ou eles têm que ficar lá só ouvindo, sem falar ou perguntar. Outro problema é que às vezes os professores não tem paciência para ensinar. Eles têm que ter paciência e envolver o aluno. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Educação Financeira Episódio 07 [parte 2]

Boa sorte a todos!


Educação Financeira - Episódio 07 [parte 1]

Planeje seu orçamento e boa sorte.


Censo do Ministério da Educação 2010 - Interessante


Muito interessante o aumento de estudantes no Ensino Superior. Ainda é pouco, mas avançamos.

Parabéns aos cursos Tecnólogos e à Graduação na modalidade a distância que também cresceram muito no Brasil.

O ruim é que muitas IES não sabem aproveitar essas oportunidades, sendo que tem demanda. Seria  bom analisar melhor.

Erick

Norte e Nordeste têm maiores altas de 



matrículas na educação superior



Matrículas cresceram 110,1% em dez anos; no Norte, aumento foi de 148%.

Nordeste é a segunda região em número de estudantes de ensino superior.

Do G1, em São Paulo

MEC divulgou o novo Censo da Educação Superior (Foto: TV Globo/Reprodução)MEC divulgou o novo Censo da Educação Superior
(Foto: TV Globo/Reprodução)
gráfico com a porcentagem de matrículas na educação superior (vale este) (Foto: Editoria de Arte/G1)
O Brasil registrou, em 2010, 6.379.299 estudantes matriculados em um dos 29.507 cursos de graduação ou pós-graduação de 2.377 instituições, segundo dados do Censo de Educação Superior divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Ministério da Educação. O número é mais que o dobro do registrado em 2001, de pouco mais de 3 milhões. Ao todo, as matrículas cresceram 110,1% em dez anos.
O crescimento foi impulsionado pelas regiões Norte e Nordeste, com alta de 148,3% e 128,5%, respectivamente. Em relação a 2001, o Nordeste ultrapassou a região Sul  para se consolidar na segunda região em número de estudantes de ensino superior, com 19,2% do total de matrículas. Foi no censo de 2008 que o Nordeste apresentou maior número de matrículas que o Sul.
A participação do Sul caiu de 19,8% para 16,4%. A região Norte, porém, ainda é a que menos tem alunos de graduação e pós, com apenas 6,5% do total. Os dados se referem às matriculas em cursos presenciais. "O Censo mostra que a distribuição regional ficou nuito mais equilibrada", destacou o ministro da Educação Fernando Haddad.
Segundo o levantamento feito pelo MEC, um dos motivos do crescimento “é o aumento da oferta de cursos a distância e tecnológicos”. Desde 2002, o governo federal promove a expansão da rede de institutos federais de ensino tecnológico em todo o Brasil.
gráfico com a porcentagem de matrículas na educação superior (Foto: Editoria de Arte/G1)
O número de escolas saltou de 140 para 366 nesse período, privilegiando as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, historicamente mais defasadas. Em dezembro do ano passado, 19 das 31 novas unidades entregues estavam no Nordeste e no Norte. A previsão de 81 novas unidades para 2012 inclui 24 no Nordeste, 17 no Centro-Oeste e 13 na região Norte.
Embora tenha crescido menos que Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a região Sudeste continua reunindo quase metade de todas as matrículas da educação superior brasileira. São 2.656.231 estudantes em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, ou 48,7% do total. Em 2001, 51,7% das matrículas estavam concentradas na região.
ENSINO PRESENCIAL X ENSINO A DISTÂNCIA
Tipo de cursoPresencialA distância
Bacharelado72,6%28,8%
Licenciatura17%45,8%
Tecnológico10%25,3%
Não aplicável*0,3%0%
Graduação a distância
A educação a distância, modalidade praticamente inexistente há dez anos já representa 14,8% do total de matrículas no ensino superior brasileiro. Quase um milhão de brasileiros cursa a graduação em instituições credenciadas pelo MEC. Enquanto na modalidade presencial predominam os cursos de bacharelado (72,6%), a maior parte dos cursos a distância são de licenciatura (45,8%) e tecnológicos (25,3%).
O ministro da Educação disse que o MEC não tem "pressa" para aumentar os números do ensino a distância. "Estamos zelando patra que a educação à distância (EaD) tenha um crescimento sustentável", afirmou Haddad. "Não temos nenhuma pressa em expandir a EaD para obter estatisicas suntuosas mas com baixa qualidade de ensino. Há muito espaço para expanaão, mas estamos mais preocupados com a qualidade do que com o crescimento quantitativo."
Cursos presenciais representaram 85,2% do total de matrículas em 2010.
Gráfico comparativo entre educação superior pública e privada (Foto: Editoria de Arte/G1)


A maior parte das matrículas continua concentrada nas instituições particulares de ensino superior. Em 2010, 74,3% do total de estudantes brasileiros cursava uma faculdade ou universidade privada. As particulares tiveram ainda mais ingressos que as privadas no ano passado: 78,2% dos estudantes que começaram um curso em 2010 o fizeram em uma instituição paga.
O censo divulgado pelo MEC apontou ainda que a grande maioria das instituições e cursos de graduação estão na rede particular. São 2.099 escolas, faculdades ou universidades privadas contra 278 públicas, e 68,7% dos 29.507 exigem mensalidade.
É nas públicas, porém, que se concentra a maior parte dos estudantes de pós-graduação. Em comparação com os mais de 6,3 milhões de universitários na graduação, o Brasil tem apenas 173.408 pessoas matriculadas em um curso de especialização, mestrado ou doutorado. O número equivale a 0,09% da população brasileira.
Haddad destacou ainda o número de estudantes que se formam nos cursos de graduação. "Saltamos de 309 mil concluintes em 2001 pra 973 mil concluintes em 2010. Praticamente nós triplicamos o numero de formados nas nossas instituições de ensino superior.

A criatividade nas empresas

Gestores, se liguem na criatividade e parem de pensar nas coisas do passado. Mude, arrisque!

Erick


A criatividade nas empresas - Dicas Profissionais

Formação de Professores


UNIVERSIDADE E ESCOLA TÊM QUE ESTAR ALINHADAS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Em geral, egressos dos cursos de pedagogia têm pouco conhecimento específico

 

É preciso que as universidades estejam alinhadas com as escolas na formação dos professores da Educação Básica. Esse foi o consenso a que chegaram especialistas reunidos na sessão “Formação inicial do professor”, realizada nesta quarta-feira (14) no Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente”.
Sem uma articulação entre os centros formadores e as escolas, falta aos docentes que ingressam no dia a dia das escolas preparo para a área em que vão atuar. “Os professores que fazem licenciatura têm pouco conhecimento pedagógico, e os de pedagogia têm pouco conteúdo especifico”, disse Isaac Roitman, coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Embora essa articulação seja de extrema importância, a formação docente, na maior parte das vezes, ainda é distante da realidade das escolas. “Os alunos de graduação aprendem a ser professores dentro da sala de aula, e isso ocorre porque a universidade não entende a escola”, afirmou o professor da Universidade de São Paulo (USP) Luis Carlos Menezes.
De acordo com Mozart Neves Ramos, integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Governança do Todos Pela Educação, não há preocupação com a formação docente por parte das universidades. “Aqueles que se dedicam às licenciaturas são vistos como professores de segunda categoria”, disse. Para ele, é preciso construir uma ponte universidade-escola e “trazer para a universidade aqueles professores que se dedicam e que realmente gostam da Educação Básica”.
Currículo
“Se as universidades assumem o papel da formação docente, elas precisam pensar um currículo que atenda às necessidades desses alunos”, disse Ana Inoue, consultora do Itaú BBA. “É necessário discutir o que ensinar e também como ensinar”.
Na opinião de Gisela Wajskop, diretora-geral acadêmica do Instituto Singularidades, os laços entre a formação inicial e o trabalho docente em sala de aula devem sair do âmbito teórico: “A articulação não pode ser apenas no discurso, ela tem que ser visceral. Não basta falar sobre a escola durante a formação. Chegou o momento de elaborar e propor um currículo nacional da formação docente. É preciso saber como será o currículo, quais serão as disciplinas e metodologias que os professores devem saber”.
Carreira
Outra questão levantada pelos debatedores foi a relação da formação inicial com a carreira docente. Para Roberto Franklin Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a carreira tem que ser atraente e o profissional deve se sentir “realizado ao longo de seu percurso profissional, sendo incentivado pelo Estado a ter formação continuada”.
Ele lembrou também que não há aprendizagem “neutra” e que, por isso, é necessário que o professor tenha uma formação sólida e que o prepare para enxergar o mundo de maneira crítica. “Quando você tem um projeto de Educação, ele está sempre subordinado a uma visão política de mundo. Portanto, um professor precisa ter uma formação que permita que ele enxergue isso, que ele leia o mundo de forma crítica e que vá além do conteúdo”, disse.
Valorização do magistério
Para refletir sobre a formação inicial dos professores da Educação Básica é preciso pensar também sobre a valorização do magistério, afirmou a diretora-executiva do Todos Pela Educação Priscila Cruz.“O professor é a principal profissão do país e é preciso reconhecer o papel dele na sociedade. Precisamos ter atratividade na carreira docente e isso tem muito a ver com a valorização do professor. O aluno é nosso grande motivador, mas quem vai fazer com que a aprendizagem aconteça é o professor que está dentro da sala de aula”.
Sobre o Congresso
O movimento Todos Pela Educação, em parceria com instituições nacionais e internacionais, promove, até sexta-feira (16), o Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente”.
O encontro pretende abordar diferentes temas fundamentais para acelerar a melhoria do aprendizado dos alunos e da Educação Básica no País, como: carreira docente, formação inicial do professor, regime de colaboração entre os entes federados, uso das avaliações nas práticas de sala de aula e na gestão educacional, definição das expectativas de aprendizagem, Educação integral, equidade e inclusão, e justiça pela qualidade da Educação. No último dia, em uma sessão especial, o evento congregará movimentos de 13 países da América Latina que, assim como o Todos Pela Educação, se articulam para melhorar a Educação em seus países.
O Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente” conta com o apoio institucional do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife); com o patrocínio do BID, Fundação Educar DPaschoal, Fundação Itaú Social, Instituto Gerdau, do Itaú BBA e do Instituto Natura; e com o apoio da Agência Tudo, Canal Futura, CNE, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e DM9DDB.